segunda-feira, 20 de junho de 2011

Falsas devoções: O grande perigo

São João Damasceno exclama em uma de suas obras: “Ser vosso devoto, ó Maria Santíssima é uma arma de salvação que Deus dá àqueles que quer salvar”. A devoção a Nossa Senhora é um precioso tesouro e uma das fortes colunas de santificação da Igreja e de seus membros. Uma vez que fora eleita por Deus para ser Mãe de Cristo ( a Cabeça da Igreja), estende sua maternidade sobre os seus filhos adotivos (os membros).
No terceiro capítulo do “ Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria” São Luís aponta para um obstáculo que se opões ao nosso progresso na vida espiritual: “O demônio com falso moedeiro e enganador fino e experimentado, já enganou e levou à condenação tantas almas, por meio duma falsa devoção a Nossa Senhora...” Notemos que ele, neste terceiro capítulo, não trata da ausência de devoção ou da descrença, mas de devoções falsificadas. O engano das falsas devoções têm sido largamente semeado em meio à Igreja, colaborando enormemente com a destruição da fé de muitos padres, religiosos e leigos.
Assim disse o Papa Leão XIII em sua encíclica Octobrimense: “[nihilnobis, nisi per Mariam]... nada nos é dado senão por meio de Maria por que Deus assim o quer; de modo que, como ninguém pode chegar ao Pai eterno senão pelo Filhos, de modo semelhante ninguém pode chegar a Cristo senão por Sua Mãe.” Logo, onde não há uma docilidade à vontade de Deus, de se estabelecer  uma verdadeira devoção à Imaculada, difunde-se a a passos largos heresias a exemplo do protestantismo.
Até mesmo em algumas comunidades devotas, o “pai da mentira” tem incutido o medo de um compromisso mais sério com a Santíssima Virgem. Diante de tais absurdos São luís repetiria hoje a sua queixa: “Ó meu amável Jesus terão estas pessoas o Vosso Espírito?”. Como a consagração a Nossa Senhora pode ser algo nocivo, se foi e é algo querido pelo próprio Deus? Por falta de pregadores, Nossa Senhora desceu até três pastorinhos em Fátima e disse: “Meu Filho quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”.
Por ser um meio excelente, rápido e seguro de santificação, a prática da verdadeira devoção permite que cada carisma seja vivido da melhor maneira; e quando nos tornamos escravos  de Maria, renovamos por meio dEla as promessas do Santo Batismo, reconhecendo mutualmente a nossa pobreza e pequenez e a sua alta dignidade e misericórdia (Mater Misericordiae) consagrado a Ela todos os nossos bens interiores e exteriores. Maria nunca se deixa vencer em generosidade, quando entregamos tudo a Ela nos tornamos mais ricos e enriquecemos aqueles a quem amamos e por quem rezamos. Querer opor-se a tão sublime devoção ou desejar desfazer-se de tal compromisso, parte de uma fé imatura, de um temor infantil ou ainda da mais pura ignorância.
Todos  somos chamados à santidade. Para alcança-la devemos estar “munidos de salutares meios” (Constituição dogmática Lumen gentium, 31), um deles é uma verdadeira devoção à Nossa Senhora. Assim diz São Francisco de Sales em sua obra Filotéia: “a devoção quando é verdadeira não prejudica a ninguém; pelo contrário, tudo aperfeiçoa e consuma”.
Se o fim último de toda devoção é Jesus Cristo, com muito mais segurança e rapidez chegaremos a este fim se lançarmos fora todo o falso escrúpulo e abraçarmos amorosamente a verdadeira devoção à Santíssima Virgem, que é “interior, sem hipocrisia; exterior, sem crítica; prudente, sem ignorância; terna, sem indiferença; constate, sem versatilidade e santa sem presunção”. (Prece abrasada de S. Luís M.) nos tornando seus escravos.
Seria mais fácil separar do sol a sua luz que Maria de Jesus” (TVD, 247)


Ir. Pascoal Luís do Coração Sacrário de Jesus Hóstia
 
fonte: arcademariafraternidade.blogspot.com